Wednesday, May 21, 2014

Budapeste, 2014/05/19



Tomada a primeira refeição da manhã, esperámos pela Aliz, que nos iria acompanhar até Tordas e também a Juditt a quem nos juntámos mais tarde.
Depois de uma curta viagem (cerca de 30 kms), chegámos a Tordas e fomos ao pólo de apoio ao voluntário na mesma, onde nos foi explicado pela Rita como funcionava ali o voluntariado na instituição que iríamos visitar - Centro Psiquiátrico e Mental de Tordas - e também um pequeno resumo de como essa instituição era apoiada, visto ser privada e ter um pequenino apoio do Estado, sendo mantida com donativos de beneméritos e com algum trabalho remunerado por parte dos utentes ali residentes, visto ser uma instituição onde eles vivem a tempo inteiro.
Ouvidas estas explicações, trocando algumas ideias e sendo feitas por nós algumas perguntas, dirigimo-nos a uma instituição religiosa, onde funciona uma fábrica artesanal de papel reciclado, tendo vários fins e entre eles ser muito bonito e útil para embrulhar prendas. É claro que se pode fazer muitas outras coisas, visto ser de várias cores e maleável. Todo este trabalho é executado por utentes com alguma deficiência, mas que os ajuda a manterem-se ocupados e a sentirem-se úteis, sendo também pagos por isso, o que é um grande incentivo para estarem mais felizes a desempenhar tais tarefas.
Terminada essa visita regressámos ao edifício principal do centro psiquiátrico, para almoçarmos. No entanto, foi neste trajecto do refeitório, que tivemos o primeiro contacto com muitos mais utentes, com as mais variadas patologias e que estavam no pátio ouvindo música. Interagimos com eles, e a maioria foi receptiva, o que foi bastante enriquecedor para nós ao verificarmos que parte dos utentes manifestavam bastante dinâmica e pareciam felizes por estarmos ali com eles.
Finalizado o almoço, reunimos com o director do centro, com quem esclarecemos algumas das nossas dúvidas e curiosidades acerca do modo de vida, do tratamento e da recuperação dos utentes. Depois, fomos acompanhados pela Rita às instalações privadas dos utentes com alguma autonomia ainda e também às dos utentes sem qualquer tipo de autonomia, pelas mais variadas razões de saúde.
Pudemos também ver os tipos de actividades ali realizadas por eles, que vão desde a cestaria e flores de papel (as quais tivemos oportunidade de experimentar) à tecelagem, ao barro, e à feitura de sabonetes de odores variados (que só esta instituição tem licença para fazer e exportar na Hungria). Ainda neste local foi-nos apresentado um vídeo com os utentes em plena realização de algumas daquelas actividades, e foi-nos fornecida mais informação sobre o  trabalho ali executado.
Tivemos ainda oportunidade de ouvir e falar com um grupo musical que, na altura, tocava no refeitório, e no qual se integravam alguns dos residentes no centro.
E finalmente faltava-nos conhecer um pouco mais da cultura e do que se vazia nesta pequena vila, e então fomos visitar um centro hípico. Neste pudemos ver alguns belos cavalos que ali estavam, interagindo com eles, fazendo-lhes festinhas e dando-lhes feno. Os proprietários ainda nos presentearam com um magnífico lanche ao ar livre.
E, assim, terminou a nossa pequena viagem a Tordas... pequena, apenas em distância, porque em experiência, aprendizagem e partilha, foi enorme.







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