Tomada a primeira refeição da manhã, esperámos pela Aliz,
que nos iria acompanhar até Tordas e também a Juditt a quem nos juntámos mais
tarde.
Depois de uma curta viagem (cerca de 30 kms), chegámos a
Tordas e fomos ao pólo de apoio ao voluntário na mesma, onde nos foi explicado
pela Rita como funcionava ali o voluntariado na instituição que iríamos visitar
- Centro Psiquiátrico e Mental de Tordas - e também um pequeno resumo de como
essa instituição era apoiada, visto ser privada e ter um pequenino apoio do
Estado, sendo mantida com donativos de beneméritos e com algum trabalho
remunerado por parte dos utentes ali residentes, visto ser uma instituição onde
eles vivem a tempo inteiro.
Ouvidas estas explicações, trocando algumas ideias e sendo
feitas por nós algumas perguntas, dirigimo-nos a uma instituição religiosa,
onde funciona uma fábrica artesanal de papel reciclado, tendo vários fins e
entre eles ser muito bonito e útil para embrulhar prendas. É claro que se pode
fazer muitas outras coisas, visto ser de várias cores e maleável. Todo este
trabalho é executado por utentes com alguma deficiência, mas que os ajuda a
manterem-se ocupados e a sentirem-se úteis, sendo também pagos por isso, o que
é um grande incentivo para estarem mais felizes a desempenhar tais tarefas.
Terminada essa visita regressámos ao edifício principal do
centro psiquiátrico, para almoçarmos. No entanto, foi neste trajecto do
refeitório, que tivemos o primeiro contacto com muitos mais utentes, com as
mais variadas patologias e que estavam no pátio ouvindo música. Interagimos com
eles, e a maioria foi receptiva, o que foi bastante enriquecedor para nós ao
verificarmos que parte dos utentes manifestavam bastante dinâmica e pareciam
felizes por estarmos ali com eles.
Finalizado o almoço, reunimos com o director do centro, com
quem esclarecemos algumas das nossas dúvidas e curiosidades acerca do modo de
vida, do tratamento e da recuperação dos utentes. Depois, fomos acompanhados
pela Rita às instalações privadas dos utentes com alguma autonomia ainda e
também às dos utentes sem qualquer tipo de autonomia, pelas mais variadas
razões de saúde.
Pudemos também ver os tipos de actividades ali realizadas
por eles, que vão desde a cestaria e flores de papel (as quais tivemos oportunidade
de experimentar) à tecelagem, ao barro, e à feitura de sabonetes de odores
variados (que só esta instituição tem licença para fazer e exportar na Hungria).
Ainda neste local foi-nos apresentado um vídeo com os utentes em plena
realização de algumas daquelas actividades, e foi-nos fornecida mais informação
sobre o trabalho ali executado.
Tivemos ainda oportunidade de ouvir e falar com um grupo musical
que, na altura, tocava no refeitório, e no qual se integravam alguns dos
residentes no centro.
E finalmente faltava-nos conhecer um pouco mais da cultura e
do que se vazia nesta pequena vila, e então fomos visitar um centro hípico.
Neste pudemos ver alguns belos cavalos que ali estavam, interagindo com eles,
fazendo-lhes festinhas e dando-lhes feno. Os proprietários ainda nos
presentearam com um magnífico lanche ao ar livre.
E, assim, terminou a nossa pequena viagem a Tordas... pequena,
apenas em distância, porque em experiência, aprendizagem e partilha, foi
enorme.
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