Sunday, May 25, 2014

Budapeste, 2014/05/22




Hoje, após o pequeno almoço, fomos, acompanhados pela Judit e pela Giselle, a caminho do Banco Alimentar Húngaro (BAH) designado por “MAGYAR ÉLELMISZERBANK EGYESÜLET”.
Foi necessário utilizar dois tipos de transporte (eléctrico e autocarro) para lá chegar, tendo o percurso demorado cerca de 40 minutos.
Chegados ao BAH, fomos recebidos pela Andrea (relações públicas) que, num bom inglês, nos encaminhou para o local da reunião, onde estava tudo pronto para a apresentação sobre a instituição.
Começou por dizer que o BAH foi fundado em 2005, após a integração da Hungria na União Europeia em 2004, mas só em 2006 efectivamente passou a funcionar como complemento de “ajuda” a instituições carenciadas.
Esta instituição recebe géneros alimentares de muitas fontes, tais como supermercados, hipermercados, empresas particulares, pessoas individuais. Durante a campanha anual são recolhidas mais de 500.000 toneladas de alimentos diversos. Para além disso, implementa campanhas de sensibilização para a angariação de fundos, que vêm da venda de diversos produtos que as instituições preparam e são posteriormente vendidos.
As campanhas envolvem, especialmente, restaurantes e similares, para que estes, ao venderem as refeições por um preço um pouco mais elevado ou cativarem mais clientes (com folhetos colocados em locais bem visíveis), acabem por contribuir para o BAH. A receptividade no início não foi boa, mas, com uma campanha de sensibilização, nos jornais, TV, rádio… passou a ter melhor impacto. Estas campanhas têm também uma dupla finalidade suplementar, a de evitar desperdício e a de reforçar a quantidade de refeições a servir directamente aos utentes.
As instituições, para poderem usufruir da ajuda do BAH, têm de apresentar listas de beneficiários, obedecendo a normas e especificações criteriosas, para serem validadas, devendo coincidir aquando das inspecções efectuadas. De resto, tenta-se o mais possível evitar a fraude. É proibida a venda dos géneros oferecidos, pelo que os mesmos são sempre recebidos sem rótulos.
Artigos como leite, iogurte, fruta, legumes (enfim, todos os géneros perecíveis), são distribuídos no próprio dia, pelo que as instituições são contactadas para, com as suas próprias viaturas, procederem à sua recolha.
O BAH não tem viaturas próprias de grande capacidade, nem tem qualquer apoio de empresas de distribuição, ao contrário do que acontece em Évora, onde há organizações que efectuam o transporte dos géneros de todos os locais de recolha para o armazém, sem cobrar.
O BAH é muito recente, mas está a caminhar no sentido de se implantar e de ser reconhecido como elemento importante na vida das pessoas carenciadas.
Após a reunião em que nos foram fornecidas as informações atrás sintetizadas, visitámos brevemente as instalações e dirigimo-nos para o armazém, onde colaborámos na colocação de etiquetas e no empilhamento de produtos em paletes.
Terminadas as tarefas no BAH, regressámos ao centro de Budapeste, passando pelo Central Market Hall, onde decorria uma mostra de produtos portugueses no âmbito de uma iniciativa da Embaixada Portuguesa.









  


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