Hoje, após o pequeno almoço,
fomos, acompanhados pela Judit e pela Giselle, a caminho do Banco Alimentar
Húngaro (BAH) designado por “MAGYAR
ÉLELMISZERBANK EGYESÜLET”.
Foi necessário utilizar dois
tipos de transporte (eléctrico e autocarro) para lá chegar, tendo o percurso
demorado cerca de 40 minutos.
Chegados ao BAH, fomos recebidos
pela Andrea (relações públicas) que, num bom inglês, nos encaminhou para o
local da reunião, onde estava tudo pronto para a apresentação sobre a instituição.
Começou por dizer que o BAH foi
fundado em 2005, após a integração da Hungria na União Europeia em 2004, mas só
em 2006 efectivamente passou a funcionar como complemento de “ajuda” a instituições
carenciadas.
Esta instituição recebe géneros
alimentares de muitas fontes, tais como supermercados, hipermercados, empresas
particulares, pessoas individuais. Durante a campanha anual são recolhidas mais
de 500.000 toneladas de alimentos diversos. Para além disso, implementa
campanhas de sensibilização para a angariação de fundos, que vêm da venda de
diversos produtos que as instituições preparam e são posteriormente vendidos.
As campanhas envolvem, especialmente,
restaurantes e similares, para que estes, ao venderem as refeições por um preço
um pouco mais elevado ou cativarem mais clientes (com folhetos colocados em locais
bem visíveis), acabem por contribuir para o BAH. A receptividade no início não
foi boa, mas, com uma campanha de sensibilização, nos jornais, TV, rádio…
passou a ter melhor impacto. Estas campanhas têm também uma dupla finalidade
suplementar, a de evitar desperdício e a de reforçar a quantidade de refeições
a servir directamente aos utentes.
As instituições, para poderem
usufruir da ajuda do BAH, têm de apresentar listas de beneficiários, obedecendo
a normas e especificações criteriosas, para serem validadas, devendo coincidir
aquando das inspecções efectuadas. De resto, tenta-se o mais possível evitar a
fraude. É proibida a venda dos géneros oferecidos, pelo que os mesmos são
sempre recebidos sem rótulos.
Artigos como leite, iogurte,
fruta, legumes (enfim, todos os géneros perecíveis), são distribuídos no
próprio dia, pelo que as instituições são contactadas para, com as suas
próprias viaturas, procederem à sua recolha.
O BAH não tem viaturas próprias
de grande capacidade, nem tem qualquer apoio de empresas de distribuição, ao contrário
do que acontece em Évora, onde há organizações que efectuam o transporte dos
géneros de todos os locais de recolha para o armazém, sem cobrar.
O BAH é muito recente, mas está a
caminhar no sentido de se implantar e de ser reconhecido como elemento
importante na vida das pessoas carenciadas.
Após a reunião em que nos foram
fornecidas as informações atrás sintetizadas, visitámos brevemente as
instalações e dirigimo-nos para o armazém, onde colaborámos na colocação de
etiquetas e no empilhamento de produtos em paletes.
Terminadas as tarefas no BAH,
regressámos ao centro de Budapeste, passando pelo Central Market Hall, onde
decorria uma mostra de produtos portugueses no âmbito de uma iniciativa da
Embaixada Portuguesa.
No comments:
Post a Comment